segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Exposição Guggenheim com Frank Lloyd Wright

O museu vai realizar uma exposição dedicada a Frank Lloyd Wright, co-organizado pela Fundação Solomon R. Guggenheim e a Fundação Frank Lloyd Wright.

Em vista a desde 15 Maio de 15 até 23 de agosto de 2009, o 50 º aniversário reúne sessenta e quatro projetos da autoria de F. L. Wright, incluindo residências privadas, edifícios públicos e religiosos, bem como mega-estruturas urbanas.

Apresentado no espaço espiral no museu de Wright através de uma variedade de suportes incluindo mais de 200 desenhos originais de Frank Lloyd Wright, muitos dos quais estão à vista para o público pela primeira vez, assim como modelos e animações digitais recentemente encomendados.

Pela primeira vez será possível observar muitos dos projectos não realizados de Frank Lloyd Wright através de simulações virtuais simulando com grande precisão os seus conceitos de luz e de representação do espaço.

terça-feira, 24 de novembro de 2009







Nova York Guggenheim Museum Lamp por Zita Watkin
Lâmpadas criado beleza para cada casa. No entanto, não há nada pode ser mais bonito se a luz que você tem em casa tem um significado por trás dele ou representando algo conhecido de todos. Este será o que o Guggenheim de Nova York Musem Lamp por Zita Watkin trará. Esta lâmpada icônico constantemente lembra do referido edifício ícone como um edifício reconhecido internacionalmente inspirou sua concepção. O projeto inclui uma lâmpada de quatro peças de anéis curvo, o teto abobadado aberto, e um padrão espiral impressa na parte interna da lâmpada. Com a beleza do desenho da luz, isso pode ser perfeito para qualquer casa contemporânea em qualquer lugar do mundo, para esta lâmpada é ideal para exportação de varejo. -via

FONTE

Guggenheim no Rio de Janeiro?

A Fundação norte-americana Solomon R. Guggenheim ampliou na última década suas atividades pelo mundo com um sistema de franquias, hoje presente em cinco cidades: Nova York, Veneza, Berlim, Bilbao e Las Vegas. A franquia Guggenheim é paradigmática da introdução da lógica de livre mercado nas práticas do mundo das artes a partir dos anos 80, principalmente na Europa e EUA, redefinindo o papel dos museus e instituições culturais na disputa pelo capital simbólico que a arte seria capaz de “emprestar” às cidades e empreendimentos.(...)

(...)O projeto para o Guggenheim-Rio apresentado pelo arquiteto-estrela francês Jean Nouvel em fevereiro de 2003 exacerba a condição museu-shopping-parque temático ao sintetizar os estereótipos dos “trópicos” do europeu colonizador e do “melhor das férias tropicais” do norte-americano num território latino-americano. O projeto é composto por volumes dispersos em 42 mil m2 de área submersos no Pier Mauá (sim, abaixo do nível do mar na Bahia de Guanabara), com salas de exposição, “pirâmides”, espelhos d’água, uma floresta tropical invertida com cachoeira a 30 m de profundidade. No extremo oposto do pier uma torre cilíndrica gigante em aço-corten abriga um restaurante panorâmico e uma cobertura em forma de nuvem, de onde se avista ao longe a cidade cartão-postal. (3) Acrescente-se a isso o elemento emblemático do projeto: uma lâmina branca que separa o museu da malha urbana local, uma barreira/vitrine para o anúncio de eventos e patrocinadores, negando a cidade real marcada por desigualdades sócio-territoriais. Importante ressaltar que o Guggenheim é mais um elemento do “padrão liberal de planejamento urbano” que prevalece há tempos no Rio (que inclui intervenções de grande porte, segundo o modelo Barcelona, orientadas aos grupos dominantes da cidade) (4), com o intuito, no caso, de “revitalizar” a região portuária. Os termos de contratação entre a Prefeitura e a Fundação prevêem a construção e gestão inteiramente subsidiados por verbas públicas, com um valor três vezes maior que o gasto em Bilbao (que por sua vez custou a soma dos maiores museus espanhóis construídos na década de 90).

As dimensões megalômanas e parasitárias do Guggenheim-Rio no frágil e precário contexto institucional, urbano e cultural brasileiro o configuram como um “grande naufrágio anunciado” (5). O projeto arquitetônico de Nouvel é um índice que cinicamente explicita as lógicas intrínsecas às ações políticas da Prefeitura do Rio, da Fundação Guggenheim e dos outros atores e forças envolvidos.

Texto escrito por Ligia Nobre.


Como seria o Guggenheim Rio de Janeiro:



Museu Guggenheim no Rio de Janeiro – um perigo para a Cidade!
20 de fevereiro, 2003

O Rio de Janeiro precisa de um novo Museu que custará aos cofres públicos R$ 1 bilhão? Nossa cidade possui 50 museus. Temos a prática de erguer instituições novas sem saber como cuidar das existentes. Temos uma infra-estrutura cultural em fase de degradação. Igrejas caindo, museus e uma rede de teatros em estado precário, pouquíssimas áreas de lazer nas zonas norte, zona oeste etc...; espaços culturais como o Jardim Zoológico, o Planetário, Museu da Cidade e muitos outros caindo aos pedaços.

Todos os recursos financeiros destinados à instalação do Guggenheim sairão do tesouro municipal. Este volume de capital daria para asfaltar 3500 quilômetros de ruas e estradas ou construir 6000 escolas ou 7500 creches ou 4300 postos de saúde ou centenas de outras obras importantíssimas para a cidade – fadada ao abandono em vários aspectos.

No estudo de viabilidade feito pela controvertida Fundação Solomon Guggenheim, ela própria calcula que terá, nos primeiros dez anos, um prejuízo operacional da ordem de R$ 35 milhões anuais – valores a serem bancados pela Prefeitura.

A situação financeira da Fundação Guggenheim, comandada pelo francês Thomas Krens, é grave. A filial em Las Vegas foi fechada, a de Nova York demitiu quase a metade dos seus funcionários, o projeto de uma nova filial em Manhattan foi cancelado. A famosa filial em Bilbao, na Espanha, enfrenta graves problemas. Na verdade estamos comprando uma franquia, vamos pagar pela construção do projeto, vamos pagar pelas obras e não teremos a gerencia sobre o que será visto, e nem a mínima idéia sobre quaisquer benefícios para cidade.

A revitalização da região portuária para o futuro da nossa cidade não tem que estar ligada a um projeto megalômano, caríssimo e de retorno duvidoso. O Rio de Janeiro não precisa de Guggenheim.

Guggenheim em Veneza



A Coleção Peggy Guggenheim é um pequeno museu no Grande Canal, em Veneza, Itália. É um dos vários museus da Fundação Solomon R. Guggenheim.

Contendo principalmente a coleção pessoal de arte de Peggy Guggenheim (1898-1979), ex-esposa do artista Max Ernst e sobrinha de Solomon Robert Guggenheim, este museu abriga uma coleção um tanto pequena e mais idiosincrática que as dos outros museus Guggenheim.

A coleção está no Palazzo Venier dei Leoni, um inacabado palácio do século XVIII que nunca foi construído além do térreo.

Guggenheim na Espanha



O Museu Guggenheim Bilbao, situado na cidade espanhola de Bilbao é um dos cinco museus pertencentes à Fundação Solomon R. Guggenheim no mundo. Projetado pelo arquiteto norte-americano Frank Gehry, é hoje um dos locais mais visitados da Espanha. Seu projeto foi parte de um esforço para revitalizar Bilbau e, hoje, recebe visitantes de todo o mundo.
Sua construção se iniciou em 1992, sendo concluído cinco anos mais tarde. Duas equipes, uma em Bilbau e outra em Los Angeles, trabalharam conjuntamente na elaboração do projeto, que só foi possível graças ao uso de um software CAD nos cálculos estruturais. Alguns especialistas questionavam a possibilidade de execução da obra, por causa de suas formas complexas. Externamente, o museu é coberto por superfícies de titânio curvadas em vários pontos, que lembram escamas de um peixe, mostrando a influência das formas orgânicas presentes em muitos trabalhos de Gehry. Do átrio central, que tem 50 metros de altura e lembra uma flor cheia de curvas, partem passarelas para os três níveis de galerias. Visto do rio, o edifício parece ter a forma de um barco, homenageando a cidade portuária de Bilbao.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

WRIGHT TAMBÉM EM LEGO!

A coleção LEGO Architecture é resultado de uma parceria entre a LEGO e Adam Reed Tucker que tem como objetivo celebrar o passado, o presente e o futuro da arquitetura usando blocos LEGO. Chamando a atenção e educando as crianças sobre o fascinante mundo da arquitetura, da engenharia e da construção.


Fallingwater House, ou Casa da Cascata em português, foi desenhada por Wright em 1934 para ser a residência de Edgar J. Kaufmann. A casa foi construída parcialmente sobre uma cachoeira e fica na Pensilvânia, a 80 quilômetros de Pittsburgh.

A revista TIME celebrou a Casa da Cascata como a mais bela obra de Wright. Edgar Kaufmann duvidou da experiência de Wright com concreto armado e consultou uma firma de engenharia para revisar o projeto. Wright ficou profundamente ofendido e pediu todos seus desenhos de volta. Kaufmann após pedir desculpas enterrou o laudo dos engenheiros dentro de uma das paredes de pedra de Fallingwater.





O segundo kit da coleção é o Guggenheim Museum, em Nova York, que comemorou 50 anos em outubro de 2009. O famoso projeto de Frank Lloyd Wright é um bom exemplo da arquitetura orgânica com suas linhas curvas.

O Guggenheim Museum é a casa da importante coleção de Solomon Guggenheim com exemplos de arte contemporânea, impressionista, pós-impressionista e moderna, com obras de artistas como Kandinsky, Mondrian, Chagall, Delaunay, Modigliani e Picasso.


Fonte: AQUI
A monumentalidade pretendida na encomenda do edifício foi alcançada pelo arquiteto que utilizou na forma arquitetônica um meio para se chegar ao monumental. A escala do edifício e as formas circulares e espiraladas destacam o Museu Guggenheim na paisagem da 50º Avenida de Manhatam
Em 1992 o museu sofreu um acréscimo devido à necessidade de mais escritórios, foi feito um edifício retangular junto ao de Frank Lloyd Wright, desenhado pelo escritório Gwathmey Sigel e Associates Architects. O acréscimo, além de não dialogar formalmente com o museu de Wright, possui um gabarito mais alto, se aproximando mais da linguagem dos edifícios do entorno. Tal postura de certa forma não interfere muito na composição, pois o anexo se confunde com a paisagem de edifícios.







imagens renderizadas de maquete eletronica
A proposta de Wright para o museu é um edifício em rampa, como que um zigurate invertido, as pessoas são levadas ao topo do edifício através de elevador, e de lá descem vagarosamente em uma declividade suave e contínua. As galerias de exposição são dispostas ao redor da grande rampa acompanhando a inclinação e curvatura do edifício.


Imagem renderizada da maquete


O centro do edifício é marcado por um átrio formado pelas rampas, iluminado pela cobertura translúcida. Essa cúpula de vidro ilumina todo o prédio e o vazio central permite que o visitante veja o que acontece em todos os níveis.


Interior do Museu Guggenheim


Fonte: www.guggenheim.org/new-york
A cidade escolhida por Guggenheim e Rebay para sediar o museu foi Nova Iorque, Wright, mesmo não gostando muito da escolha, argumentando ser um lugar super construído, estudou a melhor localização na cidade e optou por locá-la na 50º Avenida, em frente ao Central Park. Sua proximidade ao parque é um ponto forte no projeto, a natureza próxima é um alívio ao ruído e ao congestionamento da metrópole.


Evolução do projeto de Frank Lloyd Wright

Fonte: REED, P. Frank Lloyd Wright Architect. 1994. pgs. 270, 271.
O Museu Guggenheim de Nova Iorque foi uma das principais obras do arquiteto americano Frank Lloyd Wright.
O projeto é datado de 1943 e só foi construído entre 1956 e 1959. A morte do arquiteto e do curador do museu nesse período de tempo atrasou as obras, que foram completadas pela luta de arquitetos, críticos de arte e pela opinião pública em geral. Desse modo, o museu que se chamava Museu de Arte Não Objetiva foi batizado com o nome do criador da organização, Solomon R. Guggenheim.
A encomenda do projeto, em junho de 1943, foi feita a Frank Lloyd Wright por Hilla Rebay, assessora de arte de Solomon Guggenheim, que queria uma nova sede para a fundação, “um templo” para a arte contemporânea.


Wright com Hilla Rebay e Solomon Guggenheim vendo a maquete do museu

Fonte: http://www.westporthistory.org/

domingo, 15 de novembro de 2009

Frank Lloyd Wrigth e a arquitetura orgânica

Como constatamos antes com outras postagens sobre Wright que tinha uma postura, que segundo vários de seus biógrafos foi um filosofo da natureza, por ter levado a extremos as suas preocupações com a inserção da arquitetura nas diversas paisagens que projetou. Em contraste com seus colegas contemporâneos, como Le Corbusier, Wright poderia ser considerado quase um anti-urbanista, pelo menos aos moldes do urbanismo no apogeu da Revolução Industrial nas primeiras décadas do século XX. Acreditava que a integração da arquitetura na paisagem, deixaria o ser humano experimentar e participar do encantamento da beleza natural, podendo alcançar com isso maior plenitude de vida.

Seu modelo de cidade, Broadacre, qual desenvolve em alguns de seus livros, é a unidade mínima de um acre para cada indivíduo. Esta proposta não gera centros, pois divide em pequenos “mercados de estrada” que forneceriam tudo sem a necessidade de longos deslocamentos. Em uma de suas colocações, propõe que o homem “trocou seu contato original com os rios, os bosques, os campos e os animais pela agitação permanente”. Dessa linha de pensamento, destaca-se a famosa obra “Falling Water”, onde podemos ver a integração com o sítio natural feita através do que ele chama de “planta aberta”. O conceito de espaço orgânico inspira toda a obra de Wright.

Importante destacar também, que no projeto do museu Guggenheim, em Nova York, Wright cria um espaço introspectivo, onde há a clara negação da cidade. O museu é composto de uma forma cônica, com abertura zenital, não fazendo nenhuma relação visual de seu interior com o entorno. Não que esta relação seja essencial, ainda mais tratando-se de um museu, mas é contraditória, levantando todas suas críticas a urbanização moderna.

Wright influenciou certo número de arquitetos no Brasil. Villanova Artigas teve sua influencia no início de sua carreira, fato que podemos comprovar na Residência Rio Branco Paranhos, onde o lote urbano encontra-se numa concreta limitação. Artigas tira partido dessa disposição do lote em declive, mas ao contrário Wright, abre-se, liberando a visão para o exterior, para a cidade construída.

Essa contradição dialética encontra-se na obra de Artigas, mesmo antes de seu envolvimento decidido com a política seja um pouco depois.

O mais importante aqui, é destacar como a influencia pela inserção da arquitetura na natureza se apresenta na articulação de edifícios com a rua e o entorno. Dado que Artigas, já em 1946, projeta o Edifício Louveira, já distante da estética de Wright, onde explora justamente a integração com o entorno urbano, onde no intervalo entre os blocos abre-se o jardim, que se põe em continuidade com a praça a frente.

Outro arquiteto, cujos seus grandes edifícios são orientados pelos princípios racionalistas, Rino Levi, em suas casas, sublinham o caráter introvertido, bem como a íntima integração natureza-arquitetura, o que em momento nenhum demonstra influencia estética por Wright e sim as preocupações pela integração da arquitetura. Assim como Rino Levi, Oswaldo Bratke também demonstra em sua obra preocupações semelhantes. Bratke teve influencia de Wright no começo de sua carreira, o que é bastante compreensível, pois nesta época, anos 1940 e 1950, Wright tinha muito prestígio e influencia entre os arquitetos paulistas. Fora Warchavchik e Rino Levi, todos os arquitetos ali formados foram sensíveis a essa influencia. Como Rino Levi, Bratke também fez uso do conceito de integração da arquitetura ao sítio urbano, muito mais do que das características estilísticas de Wright. No Balneário Municipal João de Aguiar Pupo, em Águas de Lindóia, em sua concepção arquitetônica toma partido das características do terreno e da paisagem circundante, respeitando a depressão natural.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

nosso objetivo




uma das maquetes do museu Guggenheim, proposta anterior nao construida.




bem.. espero que a nossa maquete fique tão boa quanto essa daí!

50 anos do Guggenheim de New York



Bem, como já tinha dito por aqui o edifício que acolhe o Museu Guggenheim de Nova York completa 50 anos de sua inauguração, e celebra esta data com uma exposição da obra do arquiteto que o projetou, o norte-americano Frank Lloyd Wright (1867-1959). A exposição é co-organizada pela Fundação Frank Lloyd Wright e da Fundação Solomon R. Guggenheim.

Foram 16 anos entre projeto e construção, entre 1943 e 1959, mas nem Wright nem Solomon Guggenheim viveram para ver o edifício finalizado. Guggenheim faleceu em 1949 e Wright em 1959, seis meses antes da inauguração do Museu, em 21 de outubro de 1959.
Frank Lloyd Wright: From Within Outward apresentará de 15 de maio até 23 de agosto de 2009 um total de 64 projetos, construídos ou não, dentre mais de mil concebidos pelo arquiteto em mais de sete décadas de carreira. Organizada de maneira a proporcionar uma visão geral e cronológica da obra de Wright, na exposição há projetos de edifícios públicos, residenciais, religiosos e também projetos urbanos. São maquetes, fotografias, slides e duzentos desenhos originais, sendo que alguns jamais foram expostos antes.

O título traz o principal conceito que estrutura sua arquitetura, “de dentro para fora”. Wright acreditava que a forma do edifício era uma conseqüência do seu espaço interior, ambos concebidos simultaneamente. O arquiteto desenvolveu sua linguagem particular e um novo sentido de arquitetura, onde forma e função seguem juntas, conforme afirma em The Natural House (New York: Horizon Press, 1954. p. 20).
Visionário, criativo e às vezes polêmico, Wright recebeu algumas críticas com relação à concepção do museu. A idéia de expor num edifício configurado por uma rampa, num espaço de circulação a princípio, não foi apreendida de imediato na época. O arquiteto transformou o conceito de local para exposições quando concebeu este Museu. Wright propôs um espaço fluido, onde o visitante aprecia a exposição enquanto caminha pela rampa, o piso único e contínuo que conforma o espaço e a forma do edifício.

No início da exposição há um breve histórico sobre o arquiteto. Logo após o visitante deve percorrer a exposição no sentido ascendente da rampa, local que acolhe a parte central da mostra. O primeiro projeto exposto é a Unity Temple (Oak Park, IL, 1904), com maquete expondo seu rico espaço interior, desenhos e slides. Subindo pela rampa da rotunda, há desenhos e slides do Larkin Building (Buffalo, NY, 1903), demolido na década de 1950.
Nestes primeiros projetos para edifícios urbanos não residenciais, conforme sinaliza Edgar Kaufmann (FLW writings and buildings. Meridian Books, 1960, p. 284), Wright “destruiu a caixa”, criando espaços internos fluidos e sem interrupções. Estes projetos, assim como o Museu Guggenheim, refletem a concepção de Wright do edifício urbano, que se volta para dentro, com espaço interior caracterizado pelo atrium central, iluminação zenital, e relativamente não dialoga com a rua, negando o barulho e congestionamento vindo de fora, diferentemente dos projetos residenciais. As residências projetadas por Wright, localizadas em típicos subúrbios norte-americanos, arborizados e longe dos centros urbanos, estabelecem uma maior integração com o espaço exterior.

Wright não tinha muito apreço por cidades grandes, pois as considerava congestionadas e inóspitas. Conforme afirma em An american architecture (Horizon Press, 1955, p. 170), preferia a descentralização e acreditava com entusiasmo na mobilidade do automóvel para vencer as distâncias. Sua proposta de cidade, a Broadacre City (1932), propunha a dispersão da cidade pelo vasto território norte-americano.
A primeira sala da mostra pertencente ao edifício anexo é dedicada aos projetos residenciais de Wright, com desenhos originais de obras emblemáticas e mais conhecidas do arquiteto, como a Robie House (Chicago, IL, 1906) e a Fallingwater (Mill Run, Pennsylvania, 1934-37). As maquetes das residências Ralph Jester (Califórnia, 1938-39) e a Solar Hemicycle - Herbert Jacobs II (Middleton, WI, 1943) demonstram o interesse e domínio do arquiteto no uso de formas circulares. O destaque principal da sala é a maquete “explodida” da primeira Usonian, a Herbert Jacobs, (Madison, WI 1936-37).

A maquete foi exposta com elementos separados permitindo ao visitante visualizar uma Usonian House em suas partes componentes. O que está por trás de sua concepção são a simplicidade e economia.
Na outra sala pertencente ao anexo, há desenhos, maquetes e slides de edifícios altos projetados e construídos por Wright, bem como projetos urbanos como a Broadacre City e a Crystal City (Washington DC, 1940). Há também projetos de comunidades e edifícios residenciais para cooperativas, como o projeto Cooperative Homesteads (Detroit, MI, 1942) e o Cloverleaf Quadruple Housing (Pittsfield, MA, 1942) que evidenciam a postura humanista do arquiteto.
Para se apreender melhor os espaços e formas criados por Wright, muitas maquetes foram elaboradas especialmente para a exposição. Além das maquetes físicas, animações e simulações oferecem aos visitantes a oportunidade de vivenciar espaços de edifícios demolidos ou projetos não construídos, como o plano para Bagdad (1958).

As maquetes do Johnson & Son, Inc. Administration Building and Research Tower (Racine, WI, 1936-37), Taliesin West (Scottsdale, AZ), Beth Sholom Synagogue (Elkins Park, Pennsylvania, 1953-59) e do projeto Huntington Hartford Sports Club / Play Resort (Hollywood, CA, 1947) são verdadeiras obras de arte, e auxiliam na visualização e no entendimento do projeto como um todo.
A exposição foi organizada de modo a evidenciar a trajetória percorrida por Wright, em projetos construídos ou não, até chegar ao projeto do Museu Guggenheim de New York. O partido adotado pelo arquiteto foi ensaiado em projetos anteriores e pode ser observado na maquete exposta do Gordon Strong Automobile Objective and Planetarium (Sugarloaf Mountain, Maryland, 1924), por exemplo. Desenhos originais confirmam as várias propostas ao projeto do Museu Guggenheim, sendo que uma das últimas é apresentada numa grande maquete.

No percurso ascendente da rotunda há uma pequena sala de leitura, com inúmeros livros e revistas sobre o arquiteto, para quem optar por uma pausa na exposição.
Em paralelo à Frank Lloyd Wright: From Within Outward, o Museu apresenta a exposição Learning By Doing, que mostra uma seleção de maquetes, desenhos e fotografias de abrigos projetados e construídos nas últimas 7 décadas por estudantes e aprendizes de Taliesin (the Frank Lloyd Wright School of Architecture in Arizona and Wisconsin). Learning by Doing reflete a metodologia de ensino de Wright em Taliesin, onde o estudante aprende fazendo, concebendo e construindo seu próprio abrigo. Como uma extensão desta exposição, o Museu Guggenheim juntamente com Google SketchUp lançaram um concurso de abrigos, a Design It: Shelter Competition. Estudantes, arquitetos e interessados em arquitetura podem participar criando um modelo em 3D de um abrigo virtual, localizado em qualquer lugar do mundo.

TEXTO ESCRITO POR Ana Tagliari e Wilson Florio
http://www.vitruvius.com.br/arquiteturismo/arqtur_28/arqtur28_06.asp

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Museu Guggenheim completa 50 anos

O Museu contruído em espiral, inaugurado em Nova York há 50 anos, foi um ato rebeldia do arquiteto Frank Lloyd Wright, pois ele detestava cidades. O design da contruções era contra o traçado das ruas de Manhattan. NYT

vista aérea do museu

vista aérea do fabuloso Guggenheim em NY

Museu Guggenheim


O itinerário wrightiano culmina ao ancorar na metrópole mais hostil e odiada, trampolim de lançamentos de todos os movimentos acadêmicos e reaccionários que desprezaram as tendências renovadoras do Middle West e do West, a começar pela Escola de Chicago. O Guggenheim é uma intervenção urbanisticamente polêmica porque denuncia as incongruências do tabuleiro de xadrez neo-iorquino. É polêmico e blasfemo com relação a habitual ordenação dos museus, já que recusa o inerte mecanismo de salas caixas justapostas, cada uma fechada em si mesma, sem continuidade. É polemico também pela relação museu-cidade, interpretada tradicionalmente como uma antítese entre o sagrado se distingue dos edifícios ordinários mediante de uma escadaria retórica e uma fachada enfática feita de colunas. A “catedral” de arte Wright opõe um passeio pela arte, um caminho parecido a uma super garagem que prolonga a da cidade envolvendo-se numa espiral aberta para reunir-se depois com o contexto urbano.
Ao dia seguinte da morte do mestre, o Guggenheim sofreu numerosas transformações no que a doseamentos de luz e colocação das obras se referem.

Dormir no museu



Para quem quer ver mais que os outros visitantes, o Museu Guggenheim de Nova Iorque arranjou uma solução: um quarto de hotel, que poderá ser alugado, durante uma noite, e, no máximo para duas pessoas. A dormida custa entre 259 e 549 dólares, inclui todas as mordomias de um hotel, com uma diferença: os hóspedes podem ter, durante uma noite, o museu só para eles. O horário do checkout é às 8H30 da manhã seguinte, e o pequeno almoço (croissants e cafés) será servido na cama.A ideia foi de autoria de Carsten Holler inspirada numa instalação que o artista belga criou para a exposição theanyspacewhatever, ali patente, até dia 7 de Janeiro.A originalidade pegou de tal forma que as reservas já estão esgotadas…

1959, o ano da cultura




Nova Iorque está em festa. E está em festa porque celebra, em simultâneo, o 50º aniversário do Lincoln Center e do Museu Guggenheim. Deve ser inédito um acontecimento deste género, o de comemorar ao mesmo tempo, na mesma cidade, dois grandes símbolos da cultura a nível mundial. Estava-se a 14 de Maio de 1959 quando o presidente Eisenhower inaugurava o maior centro cultural do país - o Lincoln - uma estrutura gigantesca de 64 mil metros quadrados que actualmente alberga 12 companhias entre as quais a Metropolitan Opera, Orquestra Filarmónica de NY ou o New York City Ballet. Não é fácil celebrar meio século de vida no mundo das instituições culturais mas o Lincoln Center goza de boa sáude e o seu futuro está assegurado com novas propostas que irão maximizar a oferta enquanto pólo cultural e não só. Da operação de restyling (orçada em 890 milhões de euros) faz parte um conjunto de restaurantes e jardins que vão tornar as idas ao centro ainda mais agradáveis tudo isto com a promessa de estar concluído a tempo e horas por forma a acolher em Setembro a Semana da Moda.
Frank Lloyd Wright morreu seis meses antes da inauguração do Guggenheim de NY, em Dezembro de 1959. Passados 50 anos é de toda a justiça a instituição homenagear o seu criador com uma exposição sobre os melhores projectos (concluídos e esboços de ideias) daquele genial arquitecto. Ao todo são 64 trabalhos que estam patentes ao público até 23 de Agosto para em Outubro viajarem até ao Guggenheim de Bilbao. A exposição mostra como Frank Lloyd não viveu o suficiente para concretizar muitas das suas ideias, nomeadamente um centro cultural para Bagdad, numa ilha à beira do rio Tigre. Sobretudo nos últimos anos, Lloyd demonstrava grande interesse por algumas regiões da Ásia e era um apaixonado pelo livro As Mil e Uma Noites

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

plantas e corte do museu





Para entender melhor o museu.















quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Frank Lloyd Wright

O arquiteto Frank Lloyd Wright não viu a conclusão do projeto, pois morreu meio ano antes da inauguração do museu, em outubro de 1959.


Veja abaixo uma retrospectiva da vida do famoso arquiteto:


8.jun.1867
Nasce em Richland Center


1885
Sem haver concluído o ensino médio, estuda engenharia como aluno especial na Universidade de Wisconsin


1893
Após trabalhar com os arquitetos Dankmar Adler e Louis Sullivan, abre seu próprio escritório em Chicago, desenvolvendo suas casas de pradaria ("praire houses"), proposta moderna para o interior dos EUA: casa horizontal alongada, de teto baixo, com menos separações nos ambientes internos


1901
Publica o influente artigo "Arte e Ofício da Máquina"


1909
Durante a construção da casa Robie (posteriormente tombada como marco histórico), já famoso, viaja para a Europa com Mamah Cheney, sua amante e mulher de um cliente. O escândalo afeta sua reputação nos EUA


1910
Projetos de Wright são publicados em Berlim, influenciando arquitetos europeus como Mies van der Rohe, que se tornaria diretor da Bauhaus em 1930


1914
Em Taliesin, casa de Wright em Wisconsin, um funcionário mata sete pessoas, incluindo Mamah Cheney e seus filhos


1922
Wright divorcia-se da primeira mulher. Ele ainda se casaria outras duas vezes


1939
Conclui-se a Casa da Cascata, ou Casa Kaufmann, que, construída sobre uma queda-d'água, é o maior símbolo da arquitetura orgânica proposta por Wright


1943
É convidado para projetar o Museu da Pintura Não Objetiva, mais tarde batizado Guggenheim, em Nova York, seu principal projeto pelos 15 anos subsequentes


1959
Morre em 9/4; em outubro, o Guggenheim é inaugurado




Com informações da Folha de S.Paulo